sábado, 30 de outubro de 2010

Joseph Beuys - A revolução somos nós

Joseph Beuys - A revolução somos nós em cartaz no Sesc Pompéia em São Paulo organizada pela Associação Cultural VIDEOBRASIL com curadoria de Antonio dʼAvossa



É de estarrecer qualquer artista a visita à exposição retrospectiva de Joseph Beuys, ou pelo menos qualquer artista ou pessoa que pense sobre arte no contemporâneo. A força de seu trabalho imaterial é incrível! Pensar e realizar seu projeto de arte como acontecimento, arte como meio para se fazer política, pensar e agir de acordo com este pensamento, vivendo uma experiência de vida bastante radical é desafio para poucos. Alguns poderão achá-lo um picareta das artes - aquela história com os tártaros nômades seria real ou invenção? não importa faz parte agora da mitologia - de toda forma é impossível não reconhecer a potência do seu legado.

As ações públicas, as manifestações, os trabalhos em processo, as performances, os múltiplos e os cartazes, há de tudo um pouco na exposição. Mas é preciso ter um pouco de vontade para se entender tudo aquilo(ou tentar apreender pelo menos). O conceitual exige do espectador, um passante menos interessado é capaz de achar que tudo aquilo é apenas uma exposição de cartazes e objetos pouco convencionais... não é fácil. Congratulações à organização do VIDEOABRASIL por abraçar tão árdua tarefa com competência e dedicação. Sorte do público.

Pensando nos trabalhos que estão na Bienal Arte e Política,mais "contemporaneamente" ligados à micro política percebo o quanto fazem falta ações radicais da arte no âmbito da macro política. Ficou esta ausência lá no Ibirapuera. Ainda bem que a Bienal está tb fora do pavilhão.


I like america and america likes me - 1974

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

29a. BIENAL DE SÃO PAULO / PARTE 1


Arte/Politica/Sexualidade/Afeto
Visita inicial, a primeira. Particularmente especial pela participação de Ana Maria Maia assistente de curadoria colega de mestrado que acompanhou nosso pequeno grupo da FASM. Visita rápida de 3 horas. Ainda é necessário voltar outras vezes. Mesmo assim foi uma enxurrada de conhecimento e informações.
Vamos primeiro ao que mais me agradou. O terceiro andar. Pode até parecer óbvio pois, se não há um espaço 'museológico', o lado esquerdo do terceiro andar, próximo ao MAC é o que mais se aproxima disso. O espaço que reúne a maior parte das obras históricas e é o único climatizado em todo prédio.
Independente de tudo isso me interessou o pedacinho dentro desse espaço dedicado a questões corpo/sexualidade/política(?)que reúne trabalhos de Nan Goldin, Miguel do Rio Branco, Enrique Oliveira, Efrain Almeida, Miguel Algel Rojas, Felipa César, Nacy Spero e o meu favorito Leonilson. São trabalhos fortes e contundentes, praticamente um setor inadequado às criancinhas em visitas escolares. Mesmo assim elas circulavam por lá, guiadas com cuidado e esmero pelo educativo. Como pensar o corpo politicamente? Como exibir o corpo politicamente? Relacionamentos afetivos podem ter conotação política? O que vemos (e ouvimos)são obras que tratam do desejo, do corpo exposto, de corpos e almas dilacerados; de uma moral torta, uma atração latente. Questionamento, dúvida e desejo pairam no ar.



Obra Efrain Almenida 2010 de Efrain Almeida, ao funto fotos de Miguel Angel Rojas
Lá em cima detalhe da obra Leo não consegue mudar o mundo de 1989 de Leonilson.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Rebecca Horn


Concert for Anarchy,piano - 1990

Mexilhões-1999

De novo fui conferir a exposição no último final de semana, está virando uma tendência.

A exposição é um deleite para interessados em arte contemporânea e principalmente, nas interações entre arte e aparatos técnicos, mas também para os interessados em performance, cinema, instalações; enfim de uma riqueza ímpar o conjunto de obras que ficou exposto no CCBB Rio e agora São Paulo com curadoria de Marcelo Dantas.

Sem dúvida o foco da exposição está nos objetos/aparatos elaborados pela artista e expostos com precisão. São híbridos de insetos, engenhocas e reflexões sobre as relações humanas e questões sexuais. A indiferença é impossível!